O continente africano foi a primeira área habitada e é hoje uma das mais ricas em diversidade cultural. A África é o lar de diferentes tribos e grupos étnicos.
Em alguns dos mais de 50 países do continente, existem mais de 20 grupos diferentes. Cada um desses grupos e tribos, que podem ser formados por centenas, milhares ou mesmo milhões de pessoas, têm sua própria cultura, tradições e costumes.
O Continente Africano e seus Grupos Tribais, conheça 4 dessas tribos
Veja 4 dessas tribos:
Tribos do vale Rio Omo
Os Bodi (Me’en), Daasanach, Kara (ou Karo), Kwegu (ou Muguji), Mursi e Nyangatom vivem ao longo do Omo e dependem dele para o seu sustento. Eles desenvolveram práticas socioeconômicas e ecológicas complexas adaptadas aos efeitos adversos e muitas vezes imprevisíveis do clima semiárido da região.
Os habitantes dessas tribos, localizados na África Oriental, utilizam elementos da natureza para pintar e decorar seus corpos. A região possui uma imensa gama de cores – vermelho ocre, branco caulim, verde cobre, amarelo vivo ou cinza – que são obtidas a partir de pedras em pó, argila, frutos e plantas.
O Vale do Omo é uma área de beleza espetacular com diversos ecossistemas, incluindo pastagens, erupções vulcânicas e uma das poucas florestas ribeirinhas imaculadas ainda preservadas na região semiárida da África, lar de uma variedade de vida selvagem.
Eles têm criatividade e bom gosto na escolha de formas, texturas e combinações de cores.
Tribo Himba
São povos nômades e pastorais intimamente relacionados com os Hereros e falam a mesma língua. Eles são os últimos povos semi nômades da África. Eles migraram de Angola para a Namíbia há cerca de 200 anos, em busca de terras mais férteis.
As mulheres não tomam banho, para perfumar seu corpo, elas se defumam diariamente com uma resina aromática e defumam debaixo das axilas.
As mulheres himbas são cobertas com otjize, uma mistura de manteiga (ou gordura animal) e gordura ocre, possivelmente para se protegerem do sol e do vento.
Esta mistura deixa uma tonalidade avermelhada na pele, simbolizando a cor da terra vermelha e do sangue, que representa a vida e está de acordo com o ideal de beleza do Himba.
As mulheres também trançam seus cabelos e os cobrem com a mesma mistura de ocre.
Os homens de Himba podem ter mais de uma esposa e são eles que cuidam do rebanho, os meninos têm cabeças raspadas e as meninas têm colares de madeira para representar a pureza. As mulheres fazem artesanato com arame e madeira.
O povo Himba do continente africano, pratica a adoração dos antepassados. Eles chamam seu deus MUKURU e usam o fogo de seus antepassados para se comunicar com os espíritos de seus antepassados.
De acordo com a religião do povo Himba, Mukuru criou homem, mulher e gado a partir da mesma árvore.
Tribo Ndebele
A tribo Ndebele está localizada em Lesedi, continente africano. As mulheres usam anéis de metais pesados ao redor do pescoço, pernas e braços após o casamento.
Para a tribo do continente africano, os anéis são projetados para que as mulheres não fujam de seus maridos ou olhem para o lado. Os Ndebeles também são conhecidos por sua arte com muitas formas e cores e seus bonecos.
A maioria deles vive em uma casa que é construída como uma casa de campo. As paredes ao redor da casa são projetadas e pintadas com um quadro bonito, geométrico, colorido, chamativo e marcante.
Tribo Hamer
Os Hamers (também conhecidos como Hamar) são uma tribo que vive no sul da Etiópia, a leste do rio Omo, na região das nações, nacionalidades e povos do sul.
Eles contam os dias e as horas de forma diferente, o dia começa a ser contado a partir do número 0 às 6 horas da manhã, por volta da hora do nascer do sol. Eles acreditam em espíritos e em seus antepassados.
Eles só comem carne em ocasiões especiais, bebem o sangue de vacas e cabras e às vezes o misturam com leite, bebem o sangue das vacas para serem fortes.
O ritual de salto:
A transição da juventude para a maturidade requer um ritual sofisticado, o iniciado tem que se provar saltando quatro vezes, completamente nu, numa longa fila com cerca de 7 a 10 vacas.
Uma vez alcançada tal façanha, a criança é respeitada como um Hamer adulto. Um penteado especial é feito para este ritual e todos os habitantes das aldeias vizinhas do continente africano são convidados para a cerimônia.
As mulheres, que estão relacionadas com os homens envolvido na cerimônia, dançam, criando uma série de sons metálicos ao ressoar suas pulseiras.
Além disso, essas mulheres recebem golpes de ramos, que são adicionados pelo Mazza, os chamados responsáveis pela flagelação.
No entanto, são as próprias mulheres que pedem para serem açoitadas até ficarem com cicatrizes, pois estas simbolizam orgulho, devoção e respeito.
Como representam todos esses valores, cobrem as feridas com esterco de vaca para que fiquem infectadas e, quando estão secas, tornam-se ainda maiores.
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