Nova Friburgo, conhecida em todo o país por seu centro de moda íntima, pode encontrar uma saída para a crise resultante das medidas preventivas contra o novo Coronavírus, especialmente no vestuário.

Empresário de Nova Friburgo mobiliza produção têxtil para a fabricação de máscaras domésticas

 

Empresário de Nova Friburgo mobiliza produção têxtil
Foto Divulgação

A iniciativa veio de uma empresa têxtil e já conta com o apoio de inúmeras empresas de vestuários da cidade. A ideia é transformar a cidade, mesmo que apenas temporariamente, em um centro econômico com a produção de equipamentos de proteção individual (EPIs) hospitalar e para uso doméstico.

O empresário André Montechiari, proprietário de uma fábrica têxtil que revende para centenas de confeitarias em Nova Friburgo – e um dos criadores do projeto – explicou a proposta:

“Toda crise cria oportunidades. Então se já fazemos lingerie, por que não transformar Nova Friburgo em um centro econômico para este tipo de produto (IPE hospitalar)? No início eles confundiram com máscaras cirúrgicas, mas não é.

O próprio Ministério da Saúde já está defendendo o uso de máscaras domésticas como uma barreira física eficaz. Porque isso não nos impede de nos infectarmos com o vírus, mas sim de transmiti-lo”, explicou o empresário, que acrescentou: “Proponho que formemos um grupo que pense em soluções”.

Quando voltarmos ao trabalho, não teremos nenhum pedido para entregar, pois todas as suas atividades foram paralisadas. Por isso sugeri que o Firjan, o Sebrae e a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia se tornassem fabricantes de EPIs hospitalares.

Empresário de Nova Friburgo mobiliza produção têxtil
Foto Divulgação

Nova Friburgo está pronta para produzir milhões de máscaras por mês

Nova Friburgo está pronta para produzir milhões de máscaras por mês. Em meio a esta crise, seria uma oportunidade para o Polo se reinventar produzindo máscaras, mesmo que apenas temporariamente”, Disse: Montechiari.

O empresário disse ainda que se reuniria (à distância, devido ao isolamento social) com representantes dos departamentos de saúde e ciência e tecnologia da cidade, bem como do Centro de Treinamento da Indústria do Vestuário (Cevest).

Também da Associação da Indústria do Vestuário (Sindvest) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), discutir a viabilidade do projeto que visa capacitar os principais fabricantes da cidade para a produção de EPIs hospitalares (máscara, avental, lenço, boné) e tamanhos menores para a produção de máscaras domésticas.

André Montechiari, também afirmou que já está desenvolvendo um método para produzir máscaras a partir de bojos. Especialistas da Uerj e da PUC-Rio já estão realizando os estudos necessários para confirmar a viabilidade do projeto.

Empresário de Nova Friburgo mobiliza produção têxtil

O projeto nasceu de outra ideia

A ideia original, porém, era um pouco diferente. O empresário de Nova Friburgo realizou uma campanha nas redes sociais, doando tecidos e elásticos para que o projeto iniciasse, doando cerca de 200 mil máscaras na cidade, pois este artigo está faltando em todo o país. Em troca, as confecções ofereceriam mão-de-obra.

“Começando de um projeto social, da doação de máscaras domésticas, nasceu a ideia de transformar o centro íntimo da moda de Nova Friburgo e encontrar uma solução neste momento de crise, enviando todos para o trabalho”, disse André.

O que já foi produzido será doado primeiramente para instituições de caridade da cidade, como a Lar Abrigo amor a Jesus (Laje) e Casa dos Pobres São Vicente de Paula, além dos profissionais que continuam trabalhando e estão mais expostos a possíveis infecções pelo Coronavírus durante este período em Nova Friburgo.

O Ministério da Saúde já recomenda o uso de máscaras domésticas

O discurso de André está na linha do que o Secretário Executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse em recente entrevista coletiva: “Médicos, enfermeiros e pessoas que trabalham em hospitais devem continuar usando as máscaras que são registradas na Anvisa e que têm um padrão de fabricação que garante sua qualidade”.

Mas estamos falando de uma barreira física. Pessoas que são sintomáticas quando usam o transporte público ou vão ao supermercado, por exemplo, para evitar que as gotículas sejam transmitidas mais facilmente, podem usar uma barreira física.

Muitas vezes fazemos esta barreira física com o braço, por isso também pode ser feita com máscaras feitas de tecido. Várias alternativas já foram propostas, e todas elas funcionam como barreiras físicas.

Como resultado, estas máscaras podem ser utilizadas sob estas condições. E também podem ser lavados. Eles não são esterilizados, mas uma barreira física pode reduzir a possibilidade de transmissão do vírus”, disse Gabbardo.

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