Centro Histórico de Diamantina Minas Gerias. Um vilarejo colonial situado em uma cadeia de montanhas rochosas, lembra as façanhas dos garimpeiros de diamantes no século 18 e testemunha o triunfo dos esforços culturais e artísticos humanos sobre o meio ambiente.

Conheça o Centro Histórico de Diamantina, o tesouro de Minas Gerias

 

Centro Histórico de Diamantina

 

No coração das montanhas secas e rochosas do nordeste de Minas Gerais, o centro histórico de Diamantina se ergue 150 m na encosta de um vale íngreme com estradas sinuosas e irregulares que seguem a topografia natural.

A arquitetura barroca difere de outras cidades brasileiras por ser feita de madeira e se caracteriza por sua geometria e detalhes que sugerem uma transferência das características arquitetônicas portuguesas em uma escala modesta.

As igrejas têm cores e estruturas similares aos edifícios, e a maioria delas tem apenas uma torre. As casas de um ou dois andares dos séculos XVIII e XIX, dispostas regularmente, são pintadas em cores brilhantes sobre um fundo branco, contrastando com o pavimento em mosaico cinza das ruas.

O centro histórico testemunha a conquista das regiões do interior do Brasil e ilustra como exploradores, garimpeiros e representantes da coroa portuguesa forjaram uma cultura original no século XVIII e adaptaram suas origens às realidades da América.

Diamantina mostra como os descobridores do território brasileiro, os garimpeiros e representantes da Coroa no século XVIII foram capazes de adaptar os modelos europeus ao contexto americano, criando assim uma cultura fiel às suas raízes, mas completamente original.

O grupo urbano e arquitetônico de Diamantina, perfeitamente integrado em uma paisagem selvagem, é um belo exemplo de espírito aventureiro combinado com uma busca de refinamento tão típica da natureza humana.

Integridade da cidade de Diamantina

 

Centro Histórico de Diamantina

Os padrões arquitetônicos de inspiração portuguesa e o contorno urbano do centro histórico de Diamantina foram bem preservados.

Ambos os elementos foram inteligentemente gravados nas encostas rochosas circundantes de diferentes alturas, criando uma cidade estratificada separada uma da outra de seu ponto mais alto a seu ponto mais baixo por até 150 metros.

Esta conexão entre o ambiente natural e o espaço urbano criou uma paisagem na qual a áspera área circundante se funde perfeitamente com o corpo artístico do complexo urbano.

Autenticidade de Diamantina

 

O complexo urbano é ilustrado por uma configuração particular, caracterizada pela implementação de estruturas de forma contínua, cadenciadas e escalonadas ao terreno irregular, dando assim expressão a um tecido urbano que tem sido preservado desde sua criação no século XVIII, como mostrado em vários mapas daquele período.

As igrejas da cidade foram construídas segundo a mesma lógica aplicada aos edifícios vizinhos, reforçando o conjunto arquitetônico e uma homogeneidade caracterizada por uma estética sóbria e fundamental, porém refinada, das fachadas geométricas.

A formação histórica do antigo Arraial do Tijuco, a contínua apropriação dos espaços e vias públicas relacionadas ao longo dos séculos pelas festas religiosas tradicionais e o uso da área para fins principalmente residenciais são os elementos-chave que dão ao lugar sua singularidade e seu extraordinário valor universal.

Exigências de proteção de Diamantina

 

Centro Histórico de Diamantina

 

A proteção do centro histórico de Diamantina foi introduzida pela primeira vez em 1938, após ter sido reconhecido como patrimônio cultural brasileiro sob o procedimento 64-T-38 e esta proteção foi efetivamente aplicada pelo Decreto-lei nº 25/37.

Desde os anos 50, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) vem trabalhando com a cidade, inclusive através de uma equipe de emergência que trabalha no local.

Em 1982 e 1986, o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN/ Fundação Nacional Pró-Memória) desenvolveu duas diretrizes técnicas (Diretrizes No 01/82 e 01/86) para Vila Santa Isabel, uma nova seção criada a partir da remoção do terreno da Santa Casa de Caridade de Diamantina, com o objetivo de organizar a implementação de novas estruturas para garantir uma integração mais eficaz da área com o local listado.

O Plano Diretor de Diamantina (Lei Municipal nº 035/99), que é objeto de recomendações do ICOMOS com vistas ao reconhecimento como Sítio Histórico da UNESCO, estabelece parâmetros para o uso e ocupação do solo tanto do Sítio Histórico quanto das áreas circunvizinhas, inclusive aos pés da Serra do Cristais.

Uma salvaguarda adicional na legislação incluiu a criação do Grupo de Apoio Técnico (G.A.T.) para promover a revisão conjunta de novos projetos de construção em áreas ao redor do local histórico pelo IPHAN e pelo governo da cidade.

Em 2002, a Superintendência do IPHAN-MG emitiu a Diretiva 12/2002, que regulamenta os limites e as regras para o planejamento urbano e as intervenções arquitetônicas no complexo arquitetônico e urbano da cidade e arredores.

Entre outras medidas, a diretiva melhorou importantes regulamentações municipais sobre uso e ocupação do solo em áreas próximas ao local histórico.

O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA) declarou a Serra do Cristais Patrimônio Natural através de uma designação provisória aprovada em 14 de dezembro de 2000.

E uma designação permanente aprovada em 19 de novembro de 2010 pelo Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (CONEP), estendendo assim a proteção legal do Monumento Natural, uma paisagem considerada inseparável do patrimônio histórico.

O Programa Monumenta, uma iniciativa conjunta do IPHAN/Ministério da Cultura e do governo da cidade, forneceu recursos financeiros substanciais para a gestão do patrimônio cultural e a restauração de importantes locais e edifícios históricos públicos e privados da cidade.

O IPHAN está atualmente desenvolvendo estudos de marcação de terrenos relacionados à Montanha Cristais para melhorar a proteção deste monumento natural, o que é crucial para entender o contexto e a singularidade do Sítio Histórico de Diamantina como uma paisagem única.

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