O Tibete é um dos destinos mais fascinantes e misteriosos do mundo, conhecido como o Telhado do Mundo, o Terceiro Polo ou a Terra das Neves. É o berço do budismo tibetano, uma religião milenar que influencia a cultura, a arte e a vida dos tibetanos.

O Tibete também é o lar de paisagens deslumbrantes, como as montanhas do Himalaia, os lagos sagrados, os mosteiros antigos e os iaques peludos.

Mas viajar para o Tibete não é tão simples quanto parece. Há uma série de requisitos, restrições e desafios que você deve conhecer antes de embarcar nessa aventura.

10 Coisas que Deve Saber Antes de ir para o Tibete

Neste artigo, vamos listar 10 coisas que você deve saber antes de ir para o Tibete, para que você possa planejar sua viagem com mais tranquilidade e segurança.

Antes de ir para o Tibete

1 – Precisa ter um visto chinês e uma permissão especial do Tibete

O Tibete é uma região autônoma da China, e por isso você precisa de um visto chinês válido para entrar no país.

Além disso, você precisa de uma permissão especial do Tibete, que só pode ser emitida por uma agência de viagens autorizada pelo governo chinês.

Você não pode solicitar essa permissão por conta própria, nem viajar de forma independente pelo Tibete.

Fazer parte de um grupo organizado por uma agência de viagens, que cuidará de todos os detalhes da sua viagem, incluindo acomodação, transporte, guia, entrada nas atrações e outras licenças necessárias.

2 – Não pode viajar para o Tibete durante o Losar, o ano novo tibetano

O Losar é o festival mais importante do calendário tibetano, que celebra o início de um novo ano lunar. Dura cerca de 15 dias, entre fevereiro e março, e é uma ocasião de festa, oração e reunião familiar para os tibetanos.

Durante esse período, o governo chinês fecha o Tibete para os turistas estrangeiros, por motivos de segurança e controle. Portanto, se você quiser visitar o Tibete, evite planejar sua viagem nesses meses.

3 – Pode chegar ao Tibete de avião, trem ou carro

Existe três formas principais de chegar ao Tibete: de avião, de trem ou de carro.

A forma mais rápida e conveniente é de avião, que leva cerca de 2 horas de Chengdu, a principal cidade de conexão na China, até Lhasa, a capital do Tibete.

Há também voos diretos de outras cidades chinesas, como Pequim, Xangai, Chongqing, Xian e Kunming, e de Katmandu, a capital do Nepal.

O aeroporto de Lhasa fica a cerca de 60 km do centro da cidade, e você deve ter um guia e um motorista esperando por você na saída.

A forma mais cênica e econômica é de trem, que leva cerca de 36 horas de Chengdu até Lhasa, passando por paisagens incríveis, como as planícies, os rios, os desertos, as geleiras e as montanhas.

O trem também é equipado com um sistema de oxigênio, para ajudar os passageiros a se adaptarem à altitude. Há também trens de outras cidades chinesas, como Pequim, Xangai, Chongqing, Xian, Lanzhou e Xining.

A estação de trem de Lhasa fica a cerca de 20 km do centro da cidade, e você deve ter um guia e um motorista esperando por você na saída.

A forma mais aventureira e desafiadora é de carro, que leva cerca de 5 dias de Katmandu até Lhasa, atravessando a fronteira entre o Nepal e a China, e seguindo a famosa Estrada da Amizade.

Essa é uma rota que passa por lugares históricos e sagrados, como o Monte Everest, o Lago Yamdrok, o Mosteiro de Tashilhunpo e o Palácio de Potala.

Você deve ter um guia e um motorista experientes, que conheçam bem as condições da estrada e as regras da fronteira.

Antes de ir para o Tibete

4 – Você pode sofrer de mal de altitude

O Tibete é a região mais alta do mundo, com uma altitude média de 4.000 metros acima do nível do mar. Isso significa que o ar é mais rarefeito e contém menos oxigênio do que o normal.

Por isso, muitas pessoas sofrem de mal de altitude, que é uma reação do corpo à falta de oxigênio.

Os principais sintomas são falta de ar, dor de cabeça, náusea, tontura, perda de apetite, insônia e fadiga. Em casos mais graves, pode haver edema pulmonar ou cerebral, que requer atenção médica imediata.

Para prevenir ou aliviar o mal de altitude, você deve seguir algumas recomendações, como:

  • Beber bastante água e evitar bebidas alcoólicas e cafeinadas
  • Comer alimentos leves e ricos em carboidratos
  • Descansar bem e evitar esforços físicos
  • Usar roupas adequadas e se proteger do sol e do frio
  • Mastigar folhas de coca ou tomar chá de coca, que são remédios naturais usados pelos locais
  • Levar medicamentos como acetazolamida ou dexametasona, que podem ajudar a acelerar a aclimatação
  • Consultar um médico antes da viagem, especialmente se você tiver algum problema de saúde pré-existente

5 – Conhecer a cultura e a religião dos tibetanos

O Tibete é um lugar rico em cultura e religião, que devem ser respeitadas pelos visitantes. O budismo tibetano é a fé predominante, e influencia todos os aspectos da vida dos tibetanos.

Você verá muitos mosteiros, templos, estátuas, rodas de oração, bandeiras de oração e peregrinos pelo caminho.

Precisa seguir algumas regras de etiqueta ao visitar esses lugares sagrados, como:

  • Tirar os sapatos e o chapéu ao entrar em um mosteiro ou templo
  • Não tocar nas estátuas, nas relíquias ou nos objetos sagrados
  • Não apontar os pés ou a cabeça para as imagens sagradas ou para os monges
  • Não tirar fotos sem permissão
  • Não fumar, beber ou fazer barulho
  • Fazer uma doação ou oferecer um lenço branco (khata) como sinal de respeito
  • Seguir o sentido horário ao caminhar ao redor de um mosteiro, templo, estupa ou roda de oração

Você também deve respeitar os costumes e as tradições dos tibetanos, que são muito hospitaleiros e amigáveis.

Ser convidado a entrar em uma casa ou em uma tenda de nômade, e receber chá de manteiga, cevada torrada (tsampa) ou iogurte de leite de iaque.

Deve aceitar essas ofertas com gratidão e cortesia, e não recusar ou desperdiçar a comida. Você também deve evitar falar sobre assuntos sensíveis ou polêmicos, como política, Dalai Lama ou independência do Tibete.

6 – Precisa se vestir adequadamente e se preparar para o clima

O Tibete tem um clima de alta montanha, que varia de acordo com a altitude, a estação e a região. Em geral, o Tibete tem dias ensolarados e noites frias, com grandes diferenças de temperatura entre o dia e a noite.

O inverno é muito frio e seco, com temperaturas abaixo de zero e neve nas montanhas. O verão é mais quente e úmido, com temperaturas em torno de 20°C e chuvas frequentes.

A primavera e o outono são as estações mais agradáveis, com temperaturas amenas e céu azul.

Para se vestir adequadamente e se preparar para o clima, você deve seguir algumas dicas, como:

  • Levar roupas de camadas, que possam ser facilmente colocadas ou tiradas, de acordo com a temperatura
  • Levar roupas impermeáveis, como jaqueta, calça e sapatos, para se proteger da chuva e da neve
  • Levar roupas térmicas, como luvas, gorro, cachecol e meias, para se aquecer nas noites frias
  • Levar óculos de sol, chapéu, protetor solar e hidratante, para se proteger dos raios ultravioleta e do ressecamento da pele
  • Levar um saco de dormir, um isolante térmico e um travesseiro, para dormir confortavelmente nos alojamentos simples ou nas tendas de nômade
  • Levar um kit de primeiros socorros, com medicamentos básicos e itens de higiene pessoal, para lidar com eventuais problemas de saúde

7 – Levar dinheiro em espécie e trocar pela moeda local

O Tibete usa a mesma moeda da China, que é o yuan ou renminbi (RMB). Tem que que levar dinheiro em espécie, de preferência em dólares americanos ou euros, e trocar pela moeda local em bancos, hotéis ou casas de câmbio.

Você não pode usar cartões de crédito ou débito, nem sacar dinheiro em caixas eletrônicos, pois esses serviços são muito limitados ou inexistentes no Tibete.

Você deve trocar o suficiente para cobrir suas despesas com alimentação, transporte, entrada nas atrações, gorjetas e compras de souvenirs.

8 – Provar a culinária e as bebidas típicas do Tibete

O Tibete tem uma culinária e bebidas típicas, que refletem sua geografia, clima e cultura.

A base da alimentação dos tibetanos é a cevada, que é usada para fazer a tsampa, uma farinha torrada que é misturada com chá de manteiga, leite de iaque ou água, e moldada em bolas.

A tsampa é consumida no café da manhã, no almoço e no jantar, e é considerada um alimento sagrado e nutritivo.

Outros alimentos comuns são o pão tibetano (balep), os macarrões (thukpa ou thenthuk), os bolinhos recheados (momo), a carne de iaque (shapta ou gyuma) e os queijos (chura ou serkem).

As bebidas típicas do Tibete são o chá de manteiga, que é feito com chá preto, manteiga de iaque e sal, e é servido em uma tigela de madeira.

O leite de iaque, que é fermentado e usado para fazer iogurte, queijo e manteiga; a cerveja de cevada (chang), é uma bebida alcoólica leve e refrescante, é servida em um jarro de madeira com uma bomba de bambu

Precisa provar essas delícias e apreciar a hospitalidade dos tibetanos, que costumam oferecer essas iguarias aos visitantes.

Mas lembre-se de que a culinária tibetana pode ser muito diferente da sua, e pode causar alguns desconfortos digestivos. Por isso, deve comer com moderação e evitar alimentos crus, picantes ou gordurosos.

9 – Maravilhar com as atrações naturais e culturais do Tibete

O Tibete é um lugar de beleza natural e cultural incomparável, que oferece atrações para todos os gostos e interesses.

Você deve se maravilhar com as atrações naturais, como:

  • O Monte Everest, a montanha mais alta do mundo, com 8.848 metros de altitude, que fica na fronteira entre o Tibete e o Nepal, e que pode ser visto de perto no Campo Base Norte, a 5.200 metros de altitude
  • O Lago Namtso, o lago mais alto do mundo, com 4.718 metros de altitude, que é considerado um dos quatro lagos sagrados do Tibete, e que tem uma cor azul turquesa e uma vista deslumbrante das montanhas nevadas
  • O Lago Yamdrok, outro lago sagrado do Tibete, que tem a forma de um escorpião, e que é cercado por pastagens verdes, rebanhos de iaques e mosteiros pitorescos
  • O Vale Yarlung Tsangpo, o berço da civilização tibetana, onde fica o primeiro palácio, o primeiro mosteiro e o primeiro rei do Tibete, e onde corre o rio mais longo e profundo do mundo, que forma o Grande Cânion do Yarlung Tsangpo
Antes de ir para o Tibete

Maravilhe-se com as atrações culturais, como:

  • O Palácio de Potala, o símbolo do Tibete, que foi a residência dos Dalai Lamas por séculos, e que é um complexo arquitetônico impressionante, com mais de mil salas, dez mil santuários e duzentas mil estátuas
  • O Mosteiro de Jokhang, o templo mais sagrado do Tibete, que abriga a estátua de Buda mais venerada pelos tibetanos, o Jowo Rinpoche, e que é o destino final dos peregrinos, que circundam o templo em sentido horário, prostrando-se e rezando
  • O Mosteiro de Sera, um dos três grandes mosteiros da seita Gelug do budismo tibetano, que é famoso pelo seu debate filosófico, que acontece todas as tardes, entre os monges, que usam gestos e sons para argumentar e refutar
  • O Mosteiro de Ganden, o primeiro e o principal mosteiro da seita Gelug, fundado pelo próprio Tsongkhapa, o reformador do budismo tibetano, e que é um centro de estudo, meditação e peregrinação, com uma vista panorâmica do vale do rio Kyi
  • O Mosteiro de Samye, o primeiro mosteiro do Tibete, construído no século VIII, e que tem uma arquitetura única, que representa o universo budista, com um templo central cercado por quatro templos menores, que simbolizam os quatro continentes.

10 – Se encantar com a hospitalidade e a simplicidade dos tibetanos

O Tibete é um lugar de hospitalidade e simplicidade, onde você pode se encantar com a gentileza e a alegria dos tibetanos, que vivem em harmonia com a natureza e com a sua fé.

Pode se surpreender com a sua generosidade e o seu senso de comunidade, que se manifestam em gestos como oferecer chá, comida ou um sorriso aos visitantes.

Se inspirar com a sua sabedoria e o seu otimismo, que se expressam em provérbios, histórias e canções, se emocionar com a sua devoção e o seu respeito, que se revelam em rituais, orações e oferendas.

O Tibete é um lugar que toca o coração e a alma de quem o visita, e que deixa uma marca indelével na memória e no espírito de quem o conhece. O Tibete é um lugar que vale a pena visitar, pelo menos uma vez na vida.

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