Conheça a Fazenda Conde do Pinhal Município de São Carlos – SP. A Fazenda está localizada na terra da antiga Sesmaria do Pinhal.
Na década de 1780, Carlos Bartholomeu de Arruda, avô do posterior Conde do Pinhal, e seu filho, Manoel Joaquim Pinto de Arruda adquiriram terras na região de Campos de Araraquara, através de cartas da Sesmaria.
Conheça a Fazenda Conde do Pinhal Município de São Carlos – SP
A ocupação das terras foi realizada por Carlos José Botelho, um dos filhos de Carlos Bartholomeu e herdeiro destas terras.
Foi ele quem iniciou as atividades econômicas com o cultivo da cana de açúcar, a pecuária e mais tarde, na década de 1840, com o cultivo do café. Foi também quem construiu a Casa da Morada da Fazenda nas primeiras décadas do século XIX.
A partir da década de 1850, as plantações de café nesta propriedade começaram a se intensificar. Antônio Carlos de Arruda Botelho, que mais tarde se tornaria o Conde do Pinhal.
Casado com Francisca Theodora Coelho, com quem teve um filho, o futuro médico, fazendeiro e senador Carlos José Botelho. Após a morte de sua esposa em 1862, Antônio Carlos casou-se novamente com Anna Carolina de Oliveira, filha do futuro Visconde e Visconde de Rio Claro, em 1863.
Com Anna Carolina, ele teve 12 filhos: José Estanislau, Antônio Carlos, Martinho Carlos, Cândida, Eliza, Carlos Augusto, Maria Carlota, Carlos Américo, Sophia, Carlos Amadeo, Anna Carolina e Antônia.
A sua futura esposa cuidou da fazenda, dos funcionários e da educação dos filhos na ausência de seu marido. Vários dos filhos deste casal estudaram na Europa, onde há relatos de viagens de parentes.
O pico do desenvolvimento do café na região de Campos de Araraquara foi o último quarto do século XIX, período que atraiu muitos imigrantes, especialmente italianos.
Antônio Carlos foi o responsável pela abertura de várias outras fazendas no Oeste Paulista, mas a Fazenda conde do Pinhal permaneceu como sua casa de família.
Parte do capital que ele adquiriu através de suas atividades agrícolas (principalmente café) foi investido em outros negócios, com ou sem um sócio:
Companhia do Estrada do Ferro do Rio Claro, que ligava Rio Claro com São Carlos e Araraquara, com uma filial em Jaú; Casa Comissaria “Arruda Botelho”, em Santos; Banco de São Paulo, Banco União de São Carlos e Banco de Piracicaba; Companhia Agrícola, na região de Ribeirão Preto, que foi adquirida por capitalistas no Rio de Janeiro.
Também ocupando vários cargos políticos a nível local, estadual e nacional. Foi vereador na Câmara dos Deputados de Araraquara (algumas vezes como Presidente daquela Câmara), juiz municipal, deputado na Assembleia Legislativa da Província de São Paulo e senador no Congresso Constituinte do Estado de São Paulo (na Primeira República).
Ele foi nomeado Tenente-coronel da Guarda Nacional por ter participado da guerra no Paraguai, enviando alimentos e promovendo a manutenção das estradas no Mato Grosso.
Por suas conquistas, especialmente sua participação na guerra no Paraguai e mais tarde na construção da ferrovia, ganhou os títulos de Coronel Comandante da Guarda Nacional (1867), Oficial da Ordem da Rosa (1868), Barão de Pinhal (1879), Visconde do Pinhal (1883) e Conde do Pinhal (1887) ao longo de sua vida.
Falecendo em 1901 e sua esposa, Anna Carolina, em 1945. Desde sua fundação até hoje, a Fazenda do Pinhal tem estado nas mãos dos descendentes da família Arruda Botelho.
Mantendo viva a memória de seus antepassados. A Fazenda Conde do Pinhal sempre se esforçou para preservar este importante patrimônio no interior de São Paulo.
Além de ter sua própria história conta também sobre a Vila de São Carlos do Pinhal. Em 1857 com o grande desenvolvimento do café na região, a fazenda se destaca com a produção do mesmo, assim necessitando de mão de obra escrava.
Posteriormente, com a Lei do Ventre Livre e a Lei Áurea, a mão de obra escrava africana foi sendo substituída por imigrantes europeus.
A história da Fazenda Conde do Pinhal nos recorda como era organizada uma fazenda cafeeira, dessa maneira nos mostra como o café movia a economia da própria fazenda e da Vila São Carlos.
A casa foi concebida originalmente com uma planta em “U”, as casas rurais brasileiras com esse planejamento estão ligadas a períodos já estabilizados de grandes ciclos agropecuários.
A casa contém uma capela.
De arquitetura colonial, exibe a decoração feita originalmente por Anna Carolina, condessa do Pinhal, quando da ampliação em 1860.
Mobiliário Thonet, óleos de Almeida Jr., porcelanas personalizadas e utensílios que já passaram por 9 gerações da família.
Havia outra cozinha fora da casa, a que antigamente chamavam de “cozinha suja”, pois era destinada ao preparo de alimentos de cozimento mais demorado; à limpeza de animais; ao fabrico de queijos, linguiças, às fornadas de pães – ou seja, os trabalhos mais “sujos” e complicados.
Em alguns cômodos, as paredes também não têm janelas. Esses quartos eram destinados a pessoas que não eram da família como tropeiros e viajantes.
Em uma viagem à Europa, a condessa do Pinhal conheceu um tratamento de saúde chamado de hidroterapia e resolveu construir uma escada d’água na propriedade.
Ela costumava subir descalça os quase 100 degraus. O exercício físico e o contato da água com os pés eram uma forma de ativar a circulação.
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Para quem quiser conhecer a Fazenda conde do Pinhal, são realizadas visitas guiadas, e no final um bom café colonial. São Carlos – SP
Rodovia Domingos Innocentini km 4,5 – São Carlos/SP Telefone: (16) 3377-9191
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