Conheça Bananal e as 3 Fazendas Históricas da região do Vale Histórico, entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, você fará uma viagem pela história do Brasil.
Conheça Bananal e as 3 Fazendas Históricas da região do Vale Histórico
Fazenda Loanda, Bananal, caprichosamente restaurada
A Fazenda Loanda, datada do século XVIII, passou por uma restauração dedicada. Dedicada, em reconhecimento a todo o esforço e valorização com que os proprietários se concentraram em livros e técnicas de restauração pesquisadas para apresentar aos turistas exemplos da história arquitetônica e cultural da época.
Entre os ilustres moradores da Fazenda Loanda está o Barão de Joatinga, que recebeu o título de D. Pedro II. A propriedade passou por um longo período de restauração, mas ainda mantém em seu interior móveis franceses e vários objetos antigos bem conservados
Nascido em 23 de novembro de 1823 na fazenda Loanda, em Bananal, Pedro Ramos Nogueira, foi político de grande destaque.
Iniciou sua trajetória ativamente e mostrou-se marcado por ideias liberais adiantadas, sempre ao lado de seus dois filhos homens, o Coronel Pedro Ramos e Dr. Almeida Nogueira.
Em 1861, em consequência de graves divergências no partido liberal, constituiu uma liga municipal com o partido conservador. Aliado aos conservadores, acabou se coligando ao partido, sendo nomeado em 1868 como Delegado de Polícia.
“De temperamento generoso e entusiástico”, era conhecido como “cavalheiro distinto pela amabilidade de seu trato, inteligente, letrado e de firmes convicções.”
Aos 54 anos recebeu o título de “Barão de Joatinga”, doando na época, cerca de 10 mil contos de réis à instrução pública, destinado para auxiliar a construção da Escola Normal na Rua da Boa Morte.
Dada a concessão do título, seus cunhados se reuniram e ofereceram-lhe bem como à sua esposa, Placídia Maria de Almeida, a Baronesa de Joatinga, um grande baile com toda a pompa de Bananal, dos tempos áureos do café.
Fazenda Coqueiros, 1855, antiga produtora de café
O mais fascinante de visitar as fazendas é o acolhimento de seus atuais proprietários. Quando se fala com alguns deles, sente-se a paixão com que enfrentam os desafios de salvar a história local em detalhe.
Restaurando o que foi danificado pelo tempo, preservando os edifícios e ensinando os visitantes interessados de uma forma agradável e didática.
Não é à toa que a cidade se tornou um destino importante para o turismo educativo no país, recebendo cada vez mais escolas de diferentes partes do Brasil a cada ano.
Na fazenda, você pode ter suas mãos lavadas com água de uma jarra, como os donos da fazenda faziam com seus visitantes. E você certamente ficará comovido com a Senzala e os objetos com os quais os escravos foram torturados. Tristes lembranças de um Brasil escravo.
Mas você também vai conhecer melhor a cultura afro, com apresentações de Jongo, Calango e Folia. Rodovia dos Tropeiros, Km 309, S/N – Zona Rural, Bananal – SP, 12850-000
Fazenda Boa Vista de 1780
A Fazenda Boa Vista é uma das maiores e foi construída em meados da década de 1780, quando produzia índigo. Mais de mil escravos trabalhavam em suas terras.
Nos corredores da fazenda há alguns recortes de jornais antigos, que chamam a atenção para o voo de uma centena de escravos e ilustram o cenário histórico da época. Várias novelas, minisséries e programas especiais são gravados no local.
A fazenda foi adaptada para atender o setor turístico e hoje abriga um interessante hotel que encanta hóspedes de diferentes partes do país, preservando sua arquitetura e sua história.
Sobrado Aguiar Vallim
Sobrado Aguiar Vallim, um dos mais requintados palácios da época do cultivo do café. Graças aos esforços dos agricultores e empresários do Bananal, a cidade preserva boa parte de seu patrimônio histórico, arquitetônico e cultural do período colonial.
A região floresceu durante a época do café, atraindo camponeses ricos que ali construíram suas esplêndidas fazendas com móveis nos estilos barroco e rococó.
Além de sua imponente sede, os “barões” também possuíam palácios no centro da cidade onde realizavam seus eventos festivos.
Diz-se que a riqueza e importância da cidade era tão grande que não só tinha moeda própria por um tempo, mas também garantia empréstimos do Império aos bancos ingleses.
O centro histórico Estação de trem, 1888
Estação de trem, 1888 – Construída de ferro desmontável importado da Bélgica.
A cidade desenvolveu-se em torno da Capela do Senhor Bom Jesus do Livramento, construída em 1780. No início, foi fundada por produtores de cachaça e açúcar para atender às necessidades da indústria de mineração.
Com a prosperidade gerada pelo café, os fazendeiros possibilitaram a construção da ferrovia do Bananal para direcionar a produção para Barra Mansa e de lá para o porto do Rio de Janeiro.
A estação, construída de painéis duplos acolchoados e ajustáveis, foi inaugurada em 1889 e pode ser visitada, assim como várias outras construções em taipa de pilão e bastão. Nas casas mais esplêndidas é possível admirar as pinturas decorativas.
A fachada da mais antiga “Pharmacia” do Brasil pode ser admirada por fora; por dentro pode-se ver fotos antigas da época de sua inauguração.
Aventura e natureza na cidade
Mas a cidade do Bananal não vive apenas de seu patrimônio histórico. Está sob a influência do Parque Nacional da Serra da Bocaina, destino de quem busca aventura e contato com a natureza.
Sua fauna e flora podem ser observadas ao longo de belos caminhos que levam os turistas a várias cachoeiras.
São muitos os motivos para visitar esta bela e preservada região.
Como chegar em Bananal
Pela rodovia Presidente Dutra (BR-116) até o km 273 (Barra Mansa). Depois pegue o acesso à rodovia Engenheiro Alexandre Drable (RJ-157), que liga a cidade ao Bananal.
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